Antibioticoterapia como tratamento de apendicite aguda não complicada
Resumo
A apendicite aguda, caracterizada pela inflamação do apêndice cecal, é uma das
principais causas de dor abdominal intensa, sendo uma importante causa cirúrgica,
especialmente em crianças e jovens. O tratamento padrão para apendicite não
complicada é a apendicectomia, realizada por cirurgia aberta ou videolaparoscopia
(VLP), com a VLP sendo preferida por gerar menos complicações e melhor estética. A
apendicite aguda pode ser classificada como complicada ou não complicada,
dependendo da presença de complicações como peritonite, abscessos ou fleimão.
Embora alguns especialistas considerem que essas condições possam ter diferentes
causas, a apendicectomia é geralmente o tratamento preferido quando complicações
estão presentes. Contudo, quando ausentes, a apendicite pode melhorar
espontaneamente ou responder bem ao tratamento conservador com
antibioticoterapia. Recentemente, a antibioticoterapia tem surgido como uma
alternativa à cirurgia para casos não complicados. Embora os antibióticos possam ser
eficazes para pacientes não aptos para cirurgia, há um risco de recidiva que pode
necessitar de futura intervenção. Sendo assim, o presente trabalho visa a investigação
da literatura, produzida entre Outubro de 2023 e Agosto de 2024, para revisar e
elucidar o tratamento consevador em casos de apendicite não complicada. Foram
identificados 2657 artigos, dos quais 2556 foram filtrados e 27 selecionados por
atenderem aos critérios de qualidade. A revisão busca avaliar a eficácia da
antibioticoterapia em adultos com apendicite aguda, analisando o prognóstico, a taxa
de melhora, e os riscos e benefícios dessa abordagem. Conclui-se que, embora a
apendicectomia seja muito eficaz a curto prazo e tenha menos complicações a longo
prazo, a terapia com antibióticos, embora menos invasiva e mais barata, pode levar a
complicações e recidivas que aumentam os custos futuros. A decisão entre tratamento
conservador e cirurgia deve considerar a gravidade da apendicite, a saúde do paciente
e os recursos disponíveis.
Palavras-chave
Texto completo:
PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2023.10002
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