O impacto do antropomorfismo na saúde e no bem-estar dos cães de companhia na cidade de Brasília, Distrito Federal

Resumo

Os registros evidenciam que a domesticação dos cães se iniciou há 12.000 anos, porém era uma relação puramente utilitária, onde o papel do cão era auxiliar na caça e proteção em troca de alimento. A similaridade da estrutura social dos caninos e da sociedade humana fez com que surgisse uma identificação entre as espécies. Com o passar do tempo os cães se tornaram fies companheiros no contexto familiar, atuam como cães de serviço público, são detentores de função social como cães-guias, auxiliam em tratamentos hospitalares e ocupam o papel de cuidadores. Atualmente, a interação entre o humano e o cão tem como base o afeto e apego emocional e esta relação é benéfica para ambas as partes. Porém, como consequência dessa relação muitas vezes comparada a existente entre pais e filhos, surge o antropomorfismo desses animais. A antropomorfização é o ato de atribuir características e comportamentos humanos a seres não-humanos. Estudos prévios preconizavam que a antropomorfização dos cães de companhia gerava, exclusivamente, impactos negativos nos animais, como problemas comportamentais e físicos, porém isso vem sendo amplamente questionado. O presente trabalho tem como objetivo definir, com base em pesquisas bibliográficas, o conceito de antropomorfização e os impactos do antropomorfismo na saúde e bem-estar de companhia, identificar as ações antropomórficas que ocorrem na vida dos cães de companhia na região de Brasília, Distrito Federal e avaliar o impacto dessas ações antropomórficas na vida desses animais. A pesquisa aplicada foi de caráter descritivo exploratório, com abordagem quantitativa, através da aplicação de questionário eletrônico disponibilizada de forma anônima e voluntária a proprietários de cães de companhia residentes em Brasília, Distrito Federal.