Proposta de impressão em 3-d do osso fêmur de pessoas idosas vitimadas de fratura

Resumo

A invenção da impressora 3-D em 1984 por Charles Hull revolucionou a fabricação de objetos complexos e personalizados, abrindo um leque de possibilidades em diversos campos, incluindo a medicina. O método “Fused deposition modeling” (FDM), amplamente utilizado por sua acessibilidade e versatilidade, permite a criação de estruturas corporais, como órgãos e ossos, impulsionando avanços na medicina regenerativa. O presente estudo experimental, comparativo e descritivo, com abordagem quanti-qualitativa, teve como objetivo a impressão 3-D de um protótipo de fêmur para fins educacionais, com foco em pessoas idosas vítimas de fraturas, um grupo particularmente vulnerável devido à prevalência de condições como osteoporose e osteomalácia, que fragilizam os ossos e aumentam o risco de fraturas. A pesquisa envolveu a tomografia de um fêmur sintético e natural, seguida da configuração e impressão 3-D do protótipo utilizando o método FDM e o filamento PLA PRO, um material biocompatível e acessível. Testes de compressão demonstraram que o protótipo suporta uma carga média de 10.33 KN, equivalente a 1.053 toneladas-força, indicando sua resistência e potencial para aplicações em substituição de transplantes, suportando o peso de um paciente e resistindo à tração. A impressão 3-D de estruturas ósseas apresenta-se como uma alternativa promissora e econômica em comparação com próteses convencionais, com potencial para beneficiar pacientes e sistemas de saúde, além de contribuir para a educação médica, permitindo a criação de modelos anatômicos precisos para planejamento cirúrgico e treinamento. No entanto, mais pesquisas são necessárias para avaliar a segurança e a eficácia a longo prazo da aplicação dessa tecnologia em situações cotidianas, como quedas, especialmente em populações idosas, considerando as necessidades clínicas específicas desse grupo. A impressão 3-D tem o potencial de revolucionar o tratamento de fraturas e outras condições ósseas, oferecendo soluções personalizadas e acessíveis, impulsionando avanços na área da saúde e melhorando a qualidade de vida dos pacientes. Adicionalmente, a tecnologia pode democratizar o acesso a próteses e implantes, tornando-os mais acessíveis a pessoas em países em desenvolvimento.