Respostas fisiológicas e perceptivas agudas de sobreviventes de câncer de mama submetidas ao treinamento de força de diferentes intensidades
Resumo
O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente em mulheres, no Brasil e no mundo. O Instituto Nacional do Câncer estima que mais de 73 mil novos casos de câncer de mama serão diagnosticados no Brasil apenas em 2024. Nesse sentido, a investigação de estratégias que atenuem os efeitos colaterais tardios e persistentes induzidos tanto pelo câncer quanto pelo tratamento é urgente, incluindo a prática de atividade física e o treinamento de força. Assim, este estudo teve por objetivo investigar as respostas fisiológicas e perceptivas agudas de sobreviventes de câncer de mama submetidas a protocolos de treinamento de força de diferentes intensidades. Participaram desta investigação treze mulheres sobreviventes de câncer de mama foram submetidas a dois protocolos de treinamento de força de diferentes intensidades, contendo 5 exercícios. Antes e/ou após o protocolo de treinamento de força, as participantes foram avaliadas quanto à concentração de cortisol, quanto à percepção de esforço da sessão, quanto à percepção de dor tardia, quanto à funcionalidade e quanto à força geral. Em relação a resposta do cortisol sanguíneo, na sessão moderada de intensidade não foi observada diferença significativa entre os momentos pré e pós. Na sessão de alta intensidade, menores valores de cortisol (p = 0,029) foram observados no momento pós em relação aos valores pré exercício. Entre as sessões foi observado que a intervenção de alta intensidade gerou menores valores de cortisol pós- exercício do que a intervenção de intensidade moderada, embora sem diferenças significativas. Em relação à percepção subjetiva de esforço percebeu-se que os valores foram condizentes com as intensidades propostas para cada sessão e no que concerne à dor tardia, constatou-se que a percepção de dor das participantes decresceu entre o pré e o pós esforço em ambas as intensidades e que nos dias subsequentes das duas intervenções a percepção de dor decresceu. Assim, mulheres sobreviventes de câncer de mama podem realizar treinos de moderada à alta intensidade, tendo em vista que o treinamento de força dentro das faixas de intensidade estudadas pode ser prescrito para promover adaptações positivas nessa população.
Palavras-chave
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PDFDOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2023.10058
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