TREINAMENTO DE FORÇA EXCÊNTRICO E A PRODUÇÃO DE MARCADORES DE DANO MUSCULAR E MARCADORES INFLAMATÓRIOS EM MULHERES OBESAS

Mateus Medeiros Leite, Alessandro de Oliveira Silva, Vinícius Borges Vieira, Silvana Schwerz Funghetto, Darlan Lopes de Farias

Resumo


Na atualidade, o sobrepeso e em especial a obesidade encontram-se associados a
uma inflamação crônica, indicada pelo aumento dos marcadores inflamatórios,
sendo que indivíduos nestas condições clínicas podem apresentar níveis séricos
elevados de Interleucina-6 (IL-6), quando comparados com os níveis destes
marcadores em indivíduos eutróficos. O objetivo do presente estudo foi investigar os
níveis séricos do marcador inflamatório IL-6 e do marcador de dano muscular
Creatina quinase (CK) antes e após o treinamento de força excêntrico (TFE) em
idosas obesas. A presente pesquisa foi de caráter experimental e natureza
quantitativa, realizada com 35 mulheres idosas (idade: 68,57 + 6,81) com excesso
de massa adiposa e residentes em comunidade. Cada voluntária foi anteriormente
ao início do programa de TFE, submetida à avaliação da composição corporal,
através do exame de Absortometria Radiológica de Dupla Energia (DEXA), avaliação
ortopédica seguida da fase de adaptação ao exercício e teste de 10 repetições
máximas (10 RM). O TFE foi realizado na cadeira extensora de forma bilateral com
120% da carga máxima obtida no teste de 10 RM. A coleta da IL-6 foi realizada
antes do início da sessão de TFE seguida de 0 hora, 3 horas, 24 horas e 48 após
execução do exercício. A coleta da CK foi realizada antes e logo após o exercício,
coletando sangue da veia ante cubital em tubos a vácuo. Os valores adotados para
diferenças estatisticamente significativas através do Teste t pareado foi de (p< 0,05).
Os resultados de composição corporal indicaram (peso: 65,58 + 9,87; estatura: 1,53
+ 0,06; % gordura: 42,35 + 4,98). A concentração da CK nas condições préintervenção
e pós-exercício foram significativamente diferentes (pré: 106 + 69,99 U/l;
pós: 120 + 86,26 U/l; p= 0,02). A produção do marcador inflamatório IL-6 apresentou
diferença estatisticamente significativa apenas entre os níveis pré-exercício e no
momento 0 hora após o exercício (pré: 3,82 + 3,98 pg/ml; 0 hora: 2,97 + 2,79 pg/ml;
p= 0,05). Com isso os resultados apresentaram que o protocolo exercício de força
excêntrico induziu aumentos na concentração de CK indicando dano muscular
esquelético, e não exacerbação de IL-6 com diminuição em seus níveis pósexercício.
Sendo assim, o treinamento de força excêntrico foi significativo para
rompimento das fibras musculares e diminuição dos níveis inflamatórios logo após o
exercício, indicando que seu efeito crônico, se periodizado e com uma boa
recuperação, pode estar associado a ganhos de massa muscular esquelética e
amenização do estado inflamatório em idosas obesas


Palavras-chave


Treinamento de Força. Respostas Inflamatórias. Mulheres

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2015.5475

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