ESTUDO DA EXPRESSÃO DE GENES E PROTEÍNAS QUE REGULAM A SÍNTESE DE TESTOSTERONA EM CAMUNDONGOS COM OBESIDADE INDUZIDA POR DIETA HIPERLIPÍDICA SUBMETIDOS A DIFERENTES PROTOCOLOS DE EXERCÍCIOS

Rafael Domingos Guimarães Guedes, Fernanda Costa Vinhaes de Lima, Olivia Laquis De Moraes, Adriana Lofrano Alves Porto

Resumo


Kim Sampaio de Lacerda Mileski – UnB, pesquisador colaborador kim_mileski@hotmail.com
A obesidade é apontada como fator disruptivo da normalidade de níveis hormonais e físicos, estando relacionada a enfermidades com elevado grau de morbidade e mortalidade, como hipertensão, diabetes e acidentes vasculares. A velocidade de absorção e armazenamento de gordura no Tecido Adiposo (TA) estão associados diretamente a questões endócrinas, genéticas, sedentarismo, gasto energético e tipo de dieta do indivíduo. O gene UCP1 é alvo dos estudos que tem como temática a obesidade e a termogênese, por ter um papel importante no funcionamento do Tecido Adiposo Branco (WAT) e do Tecido Adiposo Marrom (BAT), assim como a enzima AMPK no tecido muscular. O hipogonadismo trata-se de um descontrole fisiológico, em alguns casos decorrente do grau de obesidade, caracterizado pela incapacidade de produzir testosterona, espermatozoides circulantes e consequentemente infertilidade, além de dificuldade de manutenção do tecido muscular. O objetivo do presente estudo foi avaliar a síntese de testosterona de camundongos (n=25) machos de linhagem C57BL/6 submetidos à Dieta Hiperlipídica (DHL) e diferentes protocolos de atividade física. Para realização da pesquisa os animais foram divididos em cinco grupos para avaliação física pré e pós indução de obesidade por DHL. Os grupos realizaram diferentes protocolos experimentais segregados em cinco grupos: (CC) grupo controle, (IF) grupo de inatividade física, (CH) grupo tratado com DHL sem exercício, (MO) grupo tratado com DHL submetido a exercício moderado contínuo, (IN) grupo tratado com DHL submetido a exercício intenso intervalado. Ao término dos experimentos os animais foram novamente avaliados fisicamente e tiveram seus dados, sangue e tecidos de interesse coletados. O material genético foi submetido à reação em cadeia da polimerase em tempo real (qRT-PCR), sendo realizada a amplificação do gene UCP1 por pares de oligonucleotídeos iniciadores específicos. A dosagem de testosterona foi realizada por meio ensaio imunoenzimático competitivo (ELISA kit). Os grupos submetidos a DHL obtiveram um ganho mais acentuado de peso em relação ao CC no momento pré protocolos de atividade física. Após os testes de os grupos MO e IN ganharam menos peso que o CC. Os indivíduos do protocolo de atividade moderada melhoraram a distância percorrida no teste de esteira em relação aos CH e CC. Os grupos CH e MO apresentaram massa dos testículos menores que CC, enquanto o grupo de inatividade física foi semelhante à do grupo controle. A massa do BAT do grupo IN foi maior que o CC, apontando maior eficiência da termogênese neste protocolo. O período de protocolo experimental com camundongos com obesidade induzida por DHL minimizou o ganho de peso quando
comparado com o CC, como também o ganho de peso nos animais magros. Tais dados estabelecem uma relação direta de práticas de atividade física com prevenção de obesidade e afecções metabólicas. Outros estudos envolvendo a termogênese e o papel do BAT são importantes para compreender melhor relação entre tal tecido e a perda da massa de tecido testicular, como também, o aumento da termogênese em protocolos de atividade de alta intensidade


Palavras-chave


Obesidade. Hipogonadismo. Treinamento físico. UCP1. Testosterona. Sedentarismo. AMPK.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n3.2017.5843

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