TRATAMENTO COM METFORMINA EM CÉLULAS DE CÂNCER DE MAMA E SUA INFLUÊNCIA NA VIA GLICOLÍTICA

Jennifer Yumie Sonobe Hable, Luciana Ramalho de Farias

Resumo


O câncer é considerado o mal do século, segundo a OMS, sendo o de mama o mais letal entre as mulheres. Baixos níveis de oxigênio e nutrientes são fatores limitantes do microambiente tumoral. Porém, a proliferação celular maligna é garantida pela sobrevivência e adaptação de células tumorais que apresentam perfil metabólico glicolítico anaeróbio e aeróbio. Nesse contexto, alterações metabólicas influenciam altamente a biologia dessas células. Assim, a metformina tem sido considerada uma possível droga adjuvante no tratamento de câncer, pois, apesar da incerteza sobre o principal fator antitumoral, a droga é capaz de promover a diminuição da concentração de insulina circulante e ativação da AMPK. Dessa forma, compreender melhor o comportamento desse fenômeno em células cancerígenas sob tratamento pode contribuir para o desenvolvimento de novas terapias combinadas, o que possibilita melhorar o tratamento e prognóstico dos pacientes. Para realização do projeto, as células da linhagem MDA-MB-231 (adenocarcinoma mamário humano) foram cultivadas em meio L-15 (Leibovitz Medium) suplementado com solução antibiótica e Soro Fetal Bovino. No teste de viabilidade foram semeadas cerca de 7x 10^3 células, em triplicata, para o tratamento de 5 concentrações com metformina e para o controle do experimento. A placa contendo as células foi incubada a 37°C, overnight. Após a adesão celular, foram adicionados ao meio metformina (100 mM, em água). A citotoxidade da droga nas células MDA_MB-231 foram determinadas pelo ensaio padrão por brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazolium (MTT), cuja a concentração seguiu as recomendações do fabricante. As placas foram lidas a 595 nm no espectofotômetro Spectramax M5 (Molecular Devices – USA). A porcentagem de inibição do crescimento celular foi determinada através da comparação da densidade celular das células tratadas com as células controle. Cerca de 750x10^3 células foram plaqueadas por poço para análise da expressão gênica. Após 24 h de incubação, entre 4 poços, três receberam tratamento com metiformina, e um formou o grupo controle. Após o tempo de exposição de 24h, as células foram submetidas a extração de RNA utilizando o kit Power SYBR® Green Cells-to-CT™ (Thermo Fisher Scientific), seguindo as recomendações do fabricante. A fim de analisar a expressão de três genes da via glicolítica, serão desenhados iniciadores para os genes que codificam as enzimas hexocinase, fosfofrutocinase e piruvato cinase, bem como para os genes do controle endógeno (tubulina e miosina), para utilização na técnica de qPCR em tempo real. O teste de viabilidade, no qual foram testadas 5 concentrações de metformina, indicou uma sobrevida de aproximadamente 84,4% das células MDA-MB-231 tratadas com 1,25mM, cerca de 82,4% com 2,5mM de metformina, 66,2% sobreviveram na concentração de 5mM, 47,45% na presença de 10mM e, por fim, 22% de sobrevida com a utilização de 20mM. Os experimentos de qPCR em tempo real estão em processo de finalização. Dessa forma, a conclusão do projeto será melhor elucidado após o termino do experimento de qPCR em tempo real


Palavras-chave


Câncer de mama. Metformina. MDA-MB-231.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n3.2017.5873

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