Qualidade ambiental e eficiência na arquitetura: estabelecendo um panorama da sustentabilidade em edifícios comerciais, públicos e de escritórios em Brasília com base no leed, no aqua-hqe e na etiqueta pbe edifica

Lucas Silva Alves, Débora Félix Rodrigues Ikeda

Resumo


A sustentabilidade, como um dos paradigmas mais relevantes da
contemporaneidade, tem se difundido e se incorporado aos mais variados setores
sociais. Na construção civil, projetar novos edifícios com atributos verdes pressupõe
compreender, na atualidade, como a evolução das discussões ambientais a nível
global, nacional e local, alcançou a área estudada; e como os selos verdes,
considerados os principais veículos da eficiência e da qualidade ambiental na
arquitetura, moldaram suas metodologias e se consolidaram comercialmente. Tendo
Brasília como local de estudo, a pesquisa teve por objetivo estabelecer o atual
panorama da sustentabilidade em edifícios públicos, comerciais e de escritórios na
cidade, buscando no LEED, no AQUA-HQE e na Etiqueta PBE Edifica seus
parâmetros analíticos e numéricos. Para tal, foi utilizada uma base documental
existente, constituída principalmente por trabalhos acadêmicos que determinam um
traçado histórico do desenvolvimento sustentável e os índices socioeconômicos que
compõe o cenário-alvo; além de outras ferramentas, como os próprios dados e
estatísticas apresentadas pelas organizações que controlam os certificados.
Almejando trazer experiências práticas da aplicação dos conceitos de qualidade
ambiental por meio das certificações sustentáveis apresentadas, por fim, foram
realizados dois estudos de caso de empreendimentos situados em Brasília: o Centro
Corporativo Portinari, o primeiro no Centro-Oeste a alcançar o LEED Platina, e
também Etiqueta PBE Edifica Nível A; e o Centro de Práticas Sustentáveis, um edifício
público de tipologia não-convencional voltado à sustentabilidade, certificado AQUAHQE.
Os resultados obtidos, por conseguinte, esclarecem a interdependência entre
os tópicos analisados, apontando a sustentabilidade como um assunto ainda em
formação, e que teve uma trajetória não-linear que, durante décadas, foi transpassada
por diversos aspectos diferentes, para que, hoje, estivesse enraizada na cultura
contemporânea global. Igualmente, sua gradual introdução nos processos de
edificação revelou, através do seu amadurecimento, a necessidade de
reconhecimento do tópico não apenas em um plano vertical, mas como um vetor de
inserção horizontal nas etapas construtivas. E, nesse cenário, os selos verdes, como
dispositivos de avaliação ambiental, têm sido eficazes em tornar as práticas verdes
mais abrangentes e acessíveis e, por isso, têm adquirido uma grande valorização
comercial no setor; mesmo que, por vezes, não revelem um verídico compromisso
com as premissas bioclimáticas mais básicas e uma adaptação a sua realidade
circundante


Palavras-chave


Arquitetura. Sustentabilidade. Certificação Ambiental.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n1.2018.6363

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