Análise sobre conhecimento da caracterização e prevenção do AVC

Lamys Fernandes Kozak, Luiza Mendonça Pessoa de Melo, Márcio Rabelo Mota

Resumo


Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença crônica não transmissível de elevada
incidência pouco discutida pela população em geral. Este estudo objetivou analisar a
qualidade do conhecimento a respeito do conceito, principais sintomas, fatores de risco e
tratamento do Acidente Vascular Cerebral em amostra de 180 indivíduos a partir de um
questionário online. Ademais, visou descrever a prevalência dos fatores de risco para
Acidente Vascular Cerebral na amostra e comparar a caracterização epidemiológica dos
participantes com seus conhecimentos referidos na coleta de dados. A pesquisa descritiva
transversal de abordagem epidemiológica utilizou para a coleta de dados um questionário
online, elaborado através da plataforma Google Formulários. O questionário foi do tipo
estruturado não disfarçado, contendo perguntas objetivas sobre a caracterização, etiologia, classificação, manifestações clínicas, fatores de risco e tratamento do Acidente Vascular Cerebral. A amostra caracterizou-se por maioria do sexo feminino (73,33%), com idade entre 18 e 21 anos (37,78), brancos (72,78%) e com escolaridade de nível superior (60,56%). As análises foram estratificadas pela presença (CCM) ou ausência (SCM) de comorbidades, (41,11%) e (58,89%) respectivamente. Sobre a definição de AVC, 76,11% dos indivíduos indicaram que o Acidente Vascular Cerebral se caracteriza como uma ocorrência de sintoma da função cerebral, que é a opção idealmente correta. Em relação aos fatores de risco, 172 indivíduos indicaram hipertensão arterial como fator de risco (95,56%,), seguido de histórico familiar de AVC (n=164; 91,11%), obesidade (n=137; 76,11%), tabagismo (n= 131; 72,78%) e candidíase (n= 4; 2,22%), sendo as quatro primeiras corretas. O conhecimento sobre os sintomas demonstraram 157 respostas para confusão mental (87,22%), 149 para dor de cabeça (82,78%), 139 para dificuldade para andar (77,22%), 123 para alteração visual (68,33%) e 111 para diminuição da sensibilidade (61,67%), sendo todas possíveis de ser manifestações clínicas do AVC. Por fim, a respeito das possíveis formas de tratamento do AVC isquêmico, 134 indivíduos indicaram como resposta o tratamento com remédio
trombolítico (74,44%), 129 o processo cirúrgico de trombectomia (71,67%), 90 o tratamento individualizado (50%) e apenas 5 para tratamento antidepressivo (2,78%), o qual não é utilizado no tratamento agudo do Acidente Vascular Cerebral. Dessa forma, parte significativa da amostra foi capaz de identificar corretamente o conceito, principais
sintomas, fatores de risco, fatores que influenciam no prognóstico e possíveis formas de
tratamento do AVC. Entretanto, apenas 10,56% se sentiram confiantes sobre seus os
conhecimentos referente ao AVC.


Palavras-chave


AVC. Fator de risco. Conhecimento. Prevenção. Sintomas.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2019.7579

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