Avaliação da empatia em estudantes de medicina de um centro universitário brasileiro: um estudo transversal

Ellen Tieko Tsugami Dalla Costa, Marjorye Bezerra Porciuncula, Debora Dornelas Belchior Costa Andrade

Resumo


Introdução: Pesquisas sugerem que a empatia compõe o conjunto de preditores significativos que relacionam a competência clínica de médicos e o prognóstico dos pacientes. Entender o nível de empatia dos acadêmicos concluintes de um curso de medicina regido por orientação das normativas de uma diretriz nacional que valoriza uma formação médica mais humanizada, é marco referencial para compreender se a vivência acadêmica desses estudantes contribui para a formação de médicos mais empáticos.
Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar a empatia do estudante de medicina do Centro Universitário de Brasília e verificar se há influência de fatores socioeconômicos ou do semestre de medicina em que o acadêmico se encontra.
Método: Trata-se de um estudo qualitativo-quantitativo de cunho exploratório e transversal. Realizado por levantamento de dados após aplicação de questionário contendo: Perfil Socioeconômico e Escala de Empatia de Jefferson - Versão para Estudantes. O critério de inclusão foi ser acadêmico do primeiro ou do décimo-segundo semestres de medicina do Centro Universitário de Brasília. Foram excluídos os participantes que não quiseram participar e os que responderem menos de 16 dos 20 ítens da Escala de Empatia de Jefferson. Realizamos a análise descritiva, o teste de Mann Whitney, o Alfa de Cronbach e utilizamos 10% como nível de significância. Resultado: As características socioeconômicas dos participantes nesta pesquisa foram semelhantes às de outras pesquisas. A maioria é solteira, do sexo feminino, sem filhos e com renda familiar elevada. Este estudo sugere que não há diferença na empatia dos discentes ingressantes quando comparada à empatia dos egressos. Além disso, observou-se que ser do sexo feminino foi estatisticamente relevante para escores maiores de empatia apenas no grupo que estava iniciando o curso de medicina; e ter participado de ações sociais foi relevante na empatia dos acadêmicos concluintes. Considerações finais: A empatia é um elemento-chave na relação médico-paciente, intimamente relacionada com melhores desfechos clínicos. A assistência empática deve ser um dos pilares do atendimento médico.


Palavras-chave


empatia; estudantes de medicina; educação médica

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2019.7589

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