Religiosidade, subjetividade e saúde mental: a experiência subjetiva de médiuns de um centro de umbanda em Brasília (DF)

Ana Carolina Brito Menezes, Lucas Alves Amaral

Resumo


A presente pesquisa parte da crítica à patologização no campo da saúde mental que,
apesar dos avanços da Reforma Psiquiátrica, ainda se faz presente em práticas institucionais
que influenciam crenças sociais. No estudo a saúde foi compreendida como processo e
conceituada de acordo com a Teoria da Subjetividade. O estudo também leva em
consideração o cenário social brasileiro em que, apesar da presença da religião na cultura,
experiências que se distanciam do cristianismo permanecem alvo de preconceitos e suas
práticas são historicamente associadas ao adoecimento psíquico. Assim, compreendeu-se a
necessidade de se estudar as relações entre mediunidade e saúde mental no contexto da
Umbanda, religião nacional caracterizada pelo sincretismo que, entre suas práticas promove
atendimentos espirituais realizados por médiuns, indivíduos que permitem que seus corpos
sejam controlados por entidades, espíritos de pessoas mortas que procuram a evolução
espiritual a partir desse processo. Para tal foi utilizada a metodologia
construtivo-interpretativa, a partir da Epistemologia Qualitativa. Foram realizadas dinâmicas
conversacionais com médiuns de um terreiro de Umbanda do Distrito Federal. A partir dos
estudos de caso foi possível levantar duas principais hipóteses, a primeira diz respeito à
ressignificação de conceitos relativos à saúde e doença e a segunda corresponde à
compreensão da mediunidade como fator protetivo da saúde mental. Dessa forma, o
trabalho possibilitou o aprofundamento do tema.


Palavras-chave


saúde mental; subjetividade; mediunidade; umbanda.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8221

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