Avaliação de microrganismos patogênicos presentes em transporte públicos no Distrito Federal

Beatriz de Queiroz Araújo, Danielly Bezerra da Silva, Bruno Silva Milagres

Resumo


Brasília é uma metrópole remota e polinucleada, constituída por um centro e cidades
satélites. Frente a isso, a maioria das pessoas de Brasília vivem nas Cidades Satélites e
frequentemente se deslocam para o plano piloto, onde está concentrada a maior parte dos
postos de trabalho da capital federal. Visto isso, os ônibus interestaduais e semiurbanos são
os meios de transportes mais utilizados pelos trabalhadores, sendo objeto de grande
circulação de pessoas e potencial disseminador de microrganismos. Sendo assim, o objetivo
do trabalho foi desenvolver um estudo transversal sobre as possíveis variantes de
microrganismos presentes e possíveis disseminação dos microrganismos no transporte
público do Distrito Federal. Para isso, foram aplicados 108 questionários por meio das redes
sociais de modo a avaliar os Conhecimentos, Atitudes e Práticas (CAP) dos indivíduos que
utilizam transporte público do Distrito Federal, juntamente com levantamentos bibliográficos
para identificar as possíveis variantes de microrganismos presentes no transporte público.
Das respostas avaliadas,72,2% são do sexo feminino, com a mediana de idade de 37,2,com
80,56% das pessoas usaram o ônibus durante a pandemia e 16,7% foram diagnosticados com
a covid-19. Sendo a maior parte dos entrevistados moradores da cidade satélite de
Ceilândia, 16,50%. Entre os usuários de ônibus, 9,3% pertencem à área da saúde, o que pode
contribuir para a disseminação de microrganismos patogênicos, todavia, a maior parte dos
entrevistados são estudantes e estagiários com 22%. Dos entrevistados 39,80%
consideravam a limpeza dos ônibus ruim, em comparação com atualmente que os
consideram como boa pelos entrevistados, sendo 49,10%. Entretanto, de acordo com 68,50%
dos entrevistados, não houve a redução do número de passageiros no transporte havendo
um maior risco para a transmissão da covid-19. Quando questionados sobre os cuidados
pessoais adotados antes da pandemia, 49,10% não utilizava nenhum método. Entre os
entrevistados já diagnosticados com COVID-19, 72,20% não apresentavam nenhuma
comorbidade, mas 5,60% possuíam diabetes, alterações genéticas, alterações respiratórias e
11,10% alterações cardíacas. Entre as pessoas diagnosticadas com CoVID-19 o sexo feminino
apresentou 83,3% enquanto o sexo masculino apenas 16,7%, sendo que 72,2% dessas
pessoas não apresentavam comorbidades. Sendo assim, pode-se entender que o interior dos
ônibus são locais de transmissão de diferentes categorias de microrganismos, entre este o
vírus da sars cov-19 servindo como fonte transmissão destes microrganismos para os
usuários do transporte, sendo necessários mais estudos para determinar a quantidade e o
nível de infecção destes microrganismos dentro do transporte público.


Palavras-chave


Microrganismos; Transporte público ; Brasília.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8254

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