Avaliação pós operatória dos pacientes submetidos ao tratamento cirúrgico aberto de epicondilite lateral

Beatriz Toledo Mendes, Márcio de Paula e Oliveira, Thiago Medeiros Storti, Ruben Jeri Aquino

Resumo


A Epicondilite Lateral (EL) do Cotovelo conhecida como “tendinite do tenista” é uma afecção comum em atletas assim como em trabalhadores que realizam atividades manuais de repetição. Trata-se de um processo degenerativo que afeta a inserção do ligamento extensor radial curto do carpo (ERCC). A dor lateral do cotovelo e a diminuição da força de preensão são características dessa patologia. As modalidades cirúrgicas atuais são classificadas em aberta, artroscópica e percutânea. A operação aberta é considerada o padrão ouro por possibilitar a excisão total do tecido afetado. Dessa forma, o presente estudo tem o objetivo principal de identificar os resultados clínicos por meio dos escores funcionais além de avaliar o nível da dor, função, amplitude de movimento e força muscular após o procedimento cirúrgico aberto. Trata-se de um estudo de série de casos, feito pela análise do levantamento de dados realizado de maneira retrospectiva e transversal. Participaram 16 pacientes de 3 hospitais particulares do Distrito Federal diagnosticados com Epicondilite Lateral refratária ao tratamento conservador por no mínimo 1 ano submetidos a cirurgia pela técnica aberta. Os instrumentos utilizados foram o questionário DASH (Disability Arm Shoulder and Hand) que pontua as atividades de vida diária, o escore NIRSCHL o qual gradua a dor, função, movimento do cotovelo e satisfação do paciente, também foi utilizada a Escala Visual Analógica (EVA) na constatação da dor pré e pós cirurgia. Ademais, foram avaliadas as características epidemiológicas, além da força de preensão pelo uso do dinamômetro e arco de movimento. Os resultados evidenciaram uma melhora global e significativa dos pacientes que realizaram a cirurgia pela técnica aberta. No escore Nirschl 81,25% dos participantes tiveram nota máxima e excelente o que demonstra uma boa repercussão da cirurgia na dor, funcionalidade e movimento do membro acometido, além de uma satisfação completa em 100% da amostra. No questionário DASH 68,75% dos participantes tiveram um resultado excelente, o que denota nenhuma dificuldade na realização das atividades de vida diária. Assim como um desempenho satisfatório na força de preensão e arco de movimento aproximando-se da média da população geral sem comorbidades. São descritas na literatura mais de 10 técnicas diferentes. Apesar disso não existe um consenso universal sendo que a escolha cirúrgica depende da experiência pessoal do cirurgião. Faltam artigos os quais comparam as diferentes técnicas operatórias. Em conclusão, os resultados encontrados evidenciam que a técnica aberta é tão eficaz quanto as demais, podendo ser a primeira escolha cirúrgica para pacientes com Epicondilite Lateral refratária.


Palavras-chave


Epicondilite Lateral; Técnica cirúrgica aberta;

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8259

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