Cultivo de plantas medicinais em sistema convencional em aquaponia

Clara Pancieri da Fonseca, Laura Andrade de Almeida, Carlos Alberto da Cruz Júnior

Resumo


A utilização de plantas medicinais já é uma prática antiga e costumeira de vários povos,
sendo conhecida em registros históricos tanto ocidentais como orientais. Esses recursos
vegetais são usados como medicamentos nos dias atuais e são uma alternativa aos fármacos
convencionais, sendo comumente uma opção mais econômica e acessível. Para cultivo
dessas plantas existem diversas técnicas, desde plantio em solo à técnicas em água, como a
hidroponia e aquaponia. O método convencional no solo, consiste no crescimento da muda,
estaca, ou semente em algum substrato, irrigado com frequência e muitas vezes adubado. O
sistema aquapônico, por sua vez, é uma técnica de cultivo de plantas e animais, que integra a
hidroponia e a aquicultura. Na aquaponia as mudas ou estacas vegetais ficam dispostas na
superfície da solução nutritiva, sustentadas por placas de isopor ou algum outro material
flutuante, sendo um sistema de recirculação de água compartilhado entre tanques de cultivo
de hortaliças e outros vegetais, e tanques de criação de peixes, normalmente Tilápia do Nilo
(Oreochromis niloticus). É uma opção para o uso econômico e sustentável de recurso hídrico,
já que os nutrientes da água tratada advindas do tanque dos peixes também é útil para
adubar e fortalecer as plantas. A produção de plantas medicinais está sendo cada vez mais
comum no Brasil e no mundo, chegando até a ser cultivadas na agricultura familiar e em
plantios de pequenos produtores. Visando a maior sustentabilidade, eficiência, e qualidade
nas plantações desses profissionais, o seguinte estudo objetiva comparar qual método, entre
aquaponia e o plantio tradicional, melhor atenderia as necessidades da produção de plantas
com fins terapêuticos. O experimento teve duração de 40 dias, consistindo na observação de
parâmetros relativos à produtividade das mudas de Hortelã-pimenta (Mentha x piperita L.)
Boldo do Jardim (Plectranthus ornatus), Erva-cidreira (Melissa officinalis) e Ora pro nobis
(Pereskia aculeata), em ambos sistemas, o convencional e o de aquaponia. Foi possível
observar que no sistema convencional as plantas obtiveram uma resposta esperada, porém
lenta, e por consequência não muito satisfatória. A aquaponia, por outro lado, se mostrou
rápida, extremamente vantajosa e eficiente, pois em alguns dias já foi possível notar um
amplo crescimento de raízes e folhas nas unidades experimentais, sendo que plantas, como a
Menta, apresentaram ganho produtivo consideravelmente superior em cultivo aquapônico,
quando comparado ao resultado de seu cultivo em solo.


Palavras-chave


Mentha piperita; Plectranthus ornatus; Melissa officinalis; Pereskia aculeata; Oreochromis niloticus.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8272

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