Mídias sociais e telemedicina: seu impacto na rotina dos médicos e na relação médico-paciente no século XXI

Caroline Darsa Boianovsky, Gabriela Cuoco de Melo, Márcio Rabelo Mota

Resumo


As mídias sociais, que são plataformas que permitem o compartilhamento de informações, se
tornaram peça fundamental na forma de se comunicar no século XXI. No contexto da
medicina, o uso dessas mídias ainda está se consolidando, pois apesar da existência do
Manual de Publicidade Médica e do Código de Ética Médica criados pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM), estes ainda pouco versam sobre as mídias sociais dos médicos. Da mesma
forma, tem-se poucas informações sobre a aceitação e aplicabilidade da telemedicina, que é
definida como o uso das tecnologias de informação e comunicação na saúde, viabilizando a
oferta de serviços ligados aos cuidados com a saúde. Por isso, o objetivo desse artigo foi
verificar o impacto das mídias sociais e telemedicina na rotina dos médicos e na relação
médico-paciente. Quanto à metodologia, trata-se de um estudo observacional descritivo
transversal qualitativo, realizado por meio de dois questionários semi-estruturados, um
voltado aos médicos e outro voltado aos pacientes. Ao total, responderam ao questionário
52 médicos formados e atuantes de ambos os sexos e de variadas idades e especialidades e
57 pacientes, de ambos os sexos e variadas idades (n =109). Como resultado obtido, verificouse
que há benefícios no uso das mídias sociais para os médicos, pois os pacientes concordam
que a mídia social humaniza o médico, aumenta a marcação de consultas e melhora a relação
médico-paciente. Porém, foi verificado também que cabem cuidados na gestão de tais mídias,
um deles sendo a utilização de perfis separados (profissional e pessoal), pois pacientes
concordam que algumas postagens podem difamar a reputação do médico. Com relação a
telemedicina, concluiu-se que esta supera barreiras de distância, facilitando a continuidade
do cuidado e diminuindo as barreiras físicas do atendimento médico. Porém, a mesma
também apresenta pontos negativos, como o aumento da carga de trabalho dos médicos.
Conclui-se que existe uma forte tendência para a consolidação tanto das mídias sociais quanto
da telemedicina no mercado médico em futuro próximo. Como ambas estão em acelerada
evolução, faz-se necessário maiores estudos para complementação do tema.


Palavras-chave


Medicina; Mídias Sociais; Redes sociais na Saúde Pública; Telemedicina; Teleconsulta Síncrona e Assíncrona.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2020.8308

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