Influência das crenças conspiratórias e fake news nas atitudes frente à educação sexual

Lorena Gonçalves Rodrigues, João Gabriel Nunes Modesto

Resumo


Temáticas em educação sexual são envoltas pela desinformação e, diante da necessidade do sujeito de dar sentido e significado aos acontecimentos, são disseminados fatos de cunho duvidoso acerca de temas como sexualidade e gênero. Acarretando, dessa maneira, no fortalecimento de estereótipos, tabus e notícias falsas que acentuam, até mesmo, teorias conspiratórias. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo investigar a influência das crenças conspiratórias e Fake News nas atitudes frente à educação sexual. A amostra contou com 156 participantes que responderam um questionário que continham itens referentes aos dados sociodemográficos, atitudes face à educação sexual, a Escala de Crenças Gerais Conspiratórias (ECGC) e, por último, Fake News sobre temáticas ligadas à sexualidade durante o período eleitoral. Os resultados mostraram que quando analisadas simultaneamente as variáveis, por meio de um modelo de regressão linear múltipla, verifica-se que apenas o posicionamento político se configura como uma variável relevante para a compreensão das atitudes diante da educação sexual. Desse modo, conclui-se que quanto mais a direita um sujeito se posiciona politicamente, mais negativa são as atitudes frente à educação sexual. A presente pesquisa apresenta algumas limitações em relação à amostra, já que a maioria dos participantes se identificou como sendo do sexo feminino, posicionados politicamente à esquerda e com média de trinta anos. Desse modo, recomenda-se que em pesquisas futuras será necessário obter uma diversidade maior de participantes. O presente estudo contribuiu para o entendimento da influência das Fake News e crenças conspiratórias na forma como os indivíduos aderem à educação sexual. A sexualidade, estereótipos e outros, são fatores conflitantes na vida dos indivíduos. Dessa maneira, a educação sexual se faz necessária tanto de maneira formal, nas escolas, quanto informal, em ambientes do convívio diário, para que ocorra a melhor compreensão dessas temáticas.

Palavras-chave


Educação Sexual; Crenças conspiratórias; Fake News.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2022.9479

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