O efeito da falta de acolhimento institucional prolongado na saúde mental de jovens brasileiros maiores de 18 anos que não foram adotados

Bruna Neves Cavadas, Leonardo Cavalcante de Araujo Mello

Resumo


O acolhimento institucional é uma medida temporária, que deve ser utilizada apenas em casos
excepcionais e por um período determinado, com o objetivo de garantir a proteção e o
desenvolvimento integral da criança ou adolescente. No entanto, muitos jovens crescem no
sistema de acolhimento e não conseguem ser adotados ao completarem 18 anos. O processo
de desligamento deveria ser feito a fim de garantir a autonomia e independência dos jovens
fora do abrigo, porém o que se vê é um desamparo e uma falta de preparo das instituições
para lidar com tal situação. Diante do exposto, buscou-se compreender como o
desacolhimento institucional afeta a saúde mental dos brasileiros não adotados. O presente
relatório se apresenta como um estudo de caso e a metodologia adotada foi de natureza básica,
qualitativa e exploratória. Os resultados indicaram que a falta de acolhimento institucional
prolongado pode ter efeitos negativos na saúde mental e na autonomia dos jovens. Conclui-se
a ineficiência da implementação de políticas públicas efetivas para a integração social dos
jovens egressos do acolhimento institucional, sugerindo-se o fortalecimento das redes de
assistência social. As implicações práticas deste estudo para políticas públicas e serviços de
assistência social incluem a necessidade de investimento em programas de acolhimento
institucional de qualidade e de apoio psicológico para jovens que passaram por essa
experiência.


Palavras-chave


acolhimento institucional, saúde mental, jovens brasileiros.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2022.9487

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