Influência das práticas de gestão e processo de restauro no desempenho individual

Mariana Martins Pedersoli, Fabiana Queiroga

Resumo


Esta pesquisa se estrutura com o propósito de compreender de forma mais aprofundada os trabalhadores em seus desempenhos individuais no ambiente laboral. Busca-se analisar o fator de desempenho individual no trabalho relacionando-o com o mundo corporativo em que se encontra. Para tanto, busca-se fazer interface com a saúde do trabalhador, pois esta influi de maneira significativa no alcance de resultados organizacionais. Trata-se de um estudo correlacional em que foram aplicados questionários com trabalhadores de organizações privadas e públicas. Estes questionários tiveram os seguintes instrumentos: Questionário de Desempenho no Trabalho Individual – IWPQ; Escala de Práticas de Gestão e Escala de Processos de Restauro. A coleta de dados para a pesquisa foi realizada por meio online em duas empresas e presencial nas outras duas. Foram realizadas análises de correlação bivariada e regressão linear múltiplas com o auxílio do SPSS versão 24.0 Responderam à pesquisa 425 colaboradores de 4 ambientes laborais distintos, sendo 71 respondentes de um supermercado; 54 policiais militares do batalhão de uma cidade do estado de Goiás; 164 policias civis do Distrito Federal e 136 colaboradores de uma empresa de segurança do Distrito Federal. Do total da pesquisa, 68,3% foram do sexo masculino e 13,4% do sexo feminino. A média de idade da amostra foi de 39 anos (DP = 9,3). Em um primeiro momento foram conduzidas análises fatoriais para verificação da qualidade psicométrica dos instrumentos utilizados. Posteriormente deu-se seguimento à testagem do modelo por meio das regressões lineares múltiplas. O desempenho voltado para a tarefa teve 26% de variância explicada, sendo que os fatores que contribuíram significativamente foram suporte ao desempenho ( = 0,329; p < 0,000), relaxamento ( = -0,139; p < 0,005) e autonomia ( = 0,146; p < 0,005). Estes fatores de restauro, relaxamento ( = -0,117; p < 0,039) e autonomia ( = 0,115; p < 0,048) também foram preditores de desempenho voltado para o contexto (R2 = 0,26), assim como busca de desafios ( = 0,265; p < 0,000), mas nenhum fator de práticas de gestão obteve contribuição individual significativa. Por fim, desempenho contraproducente teve 6,8% de variância explicada e as variáveis com contribuição individual significativa foram Suporte à Mudanças ( = -0,158; p < 0,048), distanciamento psicológico ( = 0,223; p < 0,000) e, novamente, relaxamento ( = -0,148; p < 0,012). Tais resultados chamam atenção para o potencial dos construtos utilizados para predizer desempenho e sinalizam importantes implicações para a gestão.

Palavras-chave


Saúde no trabalho, Processos de restauro, Desempenho laboral

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2019.7498

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