Estudo retrospectivo da rotina de diagnóstico por imagem com ênfase em felinos

Ana Beatriz Villela Gherardi, Daniela Oliveira Rodrigues, Bruno Alvarenga dos Santos

Resumo


Com o crescimento da população de gatos domésticos no Brasil, segundo o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (2013), observa-se a necessidade do aprimoramento da qualidade de técnicas diagnósticas e nos atendimentos veterinários (CRUZ, et al. 2019) e, para tal existe a tomografia computadorizada que trata-se de uma técnica não invasiva (RICCIARDI, 2018) que fornece imagens tridimensionais com excelente resolução (TOBOLSKA et al., 2020). Diante dessa necessidade, realizou-se a coleta e análise estatística de informações contidas em 602 estudos tomográficos de 405 pacientes da Scan Medicina Veterinária Diagnóstica a fim de estabelecer o perfil dos felinos encaminhados para exames tomográficos no Distrito Federal e analisar as principais alterações cranianas encontradas nestes pacientes, uma vez que esta é a região em que predominantemente foram realizados os exames de imagem. Os principais resultados encontrados indicam que 80,24% dos pacientes não tinham uma raça definida, 51,36% eram machos, 34% tinham entre 1 e 5 anos de idade, em 68,24% foi empregada a espessura de corte de 2 mm e 95% utilizou contraste. Com relação às 144 tomografias realizadas no crânio, observou-se que em 40,97% dos pacientes o sistema respiratório apresentava-se comprometido, que em 34,7% constavam alterações no sistema nervoso central, em 32,6% haviam afecções no sistema otológico e que em 38,2% dos pacientes foram encontradas neoformações, sendo destes 47,3% com acometimento de três ou mais regiões no crânio. Dos pacientes com neoplasias, 58,2%
apresentaram comprometimento do sistema respiratório, 45% do sistema esquelético e
23,6% do sistema nervoso central. Observou-se ainda que 11,8% dos pacientes não foi
percebida qualquer alteração no exame. Após a realização deste levantamento concluiu-se que apesar do aumento de encaminhamentos a centros de imagem, o que sugere melhor compreensão da qualidade e do valor diagnóstico da TC, os profissionais ainda precisam se capacitar mais em quando solicitar este exame e sobre o perfil de seus pacientes, a fim de prestar um serviço de melhor qualidade e com condutas mais assertivas. Por fim, sugere-se a necessidade de estudos mais amplos para confirmar as impressões deste estudo.


Palavras-chave


Tomografia computadorizada. Felinos. Crânio.

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DOI: https://doi.org/10.5102/pic.n0.2019.7618

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