O Brasil e a não-indiferença à crise haitiana: solidariedade ou retórica do discurso? 10.5102/uri.v9i1.1388

Renata de Melo Rosa, Amanda Sanches Daltro de Carvalho

Resumo


O Brasil, após a queda do muro de Berlim, tem centrado esforços para desenvolver uma política de prestígio que se contraponha à política neoliberal do Norte. Não obstante, o país tem buscado firmar liderança na sua região, além de ter definido em sua agenda externa a aproximação com os países árabes, latino-americanos e africanos, sustentada no diálogo e na cooperação. Ademais, tem pleiteado incisivamente a reforma do Conselho de Segurança da ONU, argumentando que esse espaço deve corresponder a uma nova ordem que implica na participação mais ativa dos países em desenvolvimento, não se eximindo também de eliminar as desigualdades entre estes e os países industrializados. Dessa forma, o Brasil projeta-se como um mediador nas relações Norte-Sul, buscando sempre afirmar a soberania das nações. Em abril de 2004, aceitou liderar a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (MINUSTAH), oportunidade que tem permitido ao país aplicar a sua política pacifista e de mediação. Nesse sentido, adotando a MINUSTAH como estudo de caso, o presente artigo tem por objetivo analisar se a atuação brasileira, frente a essa operação de paz, condiz com seu discurso de não-ingerência e não-indiferença e, por fim, levantar questões que podem decorrer dessa atuação.

Palavras-chave


Brasil. Haiti. Minustah. Conselho de Segurança da ONU.

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DOI: https://doi.org/10.5102/uri.v9i1.1388

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