Por que voltar a Kelsen, o jurista do século XX ?

Inocêncio M. Coelho

Resumo


A teoria Pura do Direito, de Hans Kelsen, é uma teoria do direito positivo; é teoria geral do direito, não uma exposição ou interpretação de uma ordem jurídica particular. Da comparação de todos os fenômenos jurídicos ela busca descobrir a natureza do direito mesmo e determinar sua estrutura e suas formas típicas, independentemente do conteúdo variável que o direito apresenta nas diferentes épocas e nos distintos povos. Assim essa teoria obtém os princípios fundamentais com os quais podemos compreender qualquer ordem jurídica. Avessa a considerações de natureza ética, moral, política, econômica religiosa, etc., ela admite que qualquer conteúdo possa vir a ser direito, desde que uma norma jurídica válida faça desse conteúdo objeto de sua regulação.

Texto completo:

PDF

Referências


AFTALIÓN, Enrique R. Apresentação. In: KELSEN, Hans. La idea del derecho natural y otros ensayos. Buenos Aires: Losada, 1946. p. 7-11.

AFTALIÓN, Enrique R. Crítica del saber de los juristas. La Plata: Arayú, 1951.

AFTALIÓN, Enrique R; GARCÍA OLANO, Fernando; VILANOVA, José. Introducción al derecho. Buenos Aires: El Ateneo, 1960.

BACHELARD, Gaston. A Epistemologia. Lisboa: Edições 70, 1984.

BETTI, Emilio. Interpretação da lei e dos atos jurídicos. São Paulo: M. Fontes, 2007.

BLEICHER, Josef. Hermenêutica contemporânea. Lisboa: Edições 70, 1992. p. 172.

BOBBIO, Norberto. Direito e poder. São Paulo: UNESP, 2008.

BONNECASE, Julien. L’École de l’Exégèse en droit civil. Paris: E. De Boccard, 1924.

BRASIL. Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2016.

CANARIS, Claus-Wilhelm. Direitos fundamentais e direito privado. Coimbra: Almedina, 2003.

CASSIRER, Ernst. Las ciências de la cultura. México: Fondo de Cultura Económica, 1982

COMPREENSÃO. In: MORA ,José Ferrater. Diccionario de filosofia. Madrid: Alianza, 1986. v. 1. p. 545-548

DECUGIS Henri. Les étapes du droit. Paris: Librairie du Récueil Sirey, 1942.

DEL VECCHIO, Giorgio. Lições de filosofia do direito. Coimbra: Ar. Amado, 1959. v. 2.

DERNBURG, Eduardo J. Couture. Introdução ao estudo do processo civil. Rio de Janeiro: J. Konfino, [200?].

DÍAZ, Elías. Sociología y filosofía del derecho. Madrid: Taurus, 1982.

DILTHEY, Wilhelm. Origens da Hermenêutica.______. Textos de Hermenêutica. Lisboa: Res, 1984. p. 149-189.

DILTHEY, Wilhelm. Crítica de la razón histórica. Barcelona: Península, 1986.

DILTHEY, Wilhelm. Introducción a las ciências de espíritu. Madrid: Revista de Occidente, 1956.

EBENSTEIN, William. The pure theory of law. New York: A. M. Kelley, 1969.

EXPLICAÇÃO. In: MORA, José Ferrater. Diccionario de filosofia. Madrid: Alianza, 1986. v. 2. p. 1102-1104.

FAVOREU, Louis. Los tribunales constitucionales. Barcelona: Ariel, 1994.

FEINMANN, José Pablo. La filosofia y el barro de la historia. Buenos Aires: Planeta, 2009.

FEINMANN, José Pablo. Que es la filosofia? Buenos Aires: Prometeo Libros, 2006.

FERNÁNDEZ RODRÍGUEZ, José Julio. La justicia constitucional Europea ante el siglo XXI. 2. ed. Madrid: Tecnos, 2007.

FICHES, Luís Recaséns. El movimiento del realismo jurídico norteamericano. In: Panorama del pensamento jurídico en el Siglo XX. México: Porrúa, 1963. v. 2. p. 619- 642.

FRANK, Jerome New. Derecho e incertidumbre. México: Fontamara, 2001.

GADAMER, Hans-Georg Hermeneutica de la modernidad: conversaciones con Silvio Vietta. Madrid: Trotta, 2004.

GADAMER, Hans-Georg. Herança e futuro da Europa. Lisboa: Edições 70. 1998.

GADAMER, Hans-Georg. Herança e futuro da Europa. Lisboa: Edições 70. 1998. p. 64-65;

GADAMER, Hans-Georg Hermeneutica de la modernidad: conversaciones con Silvio Vietta. Madrid: Trotta, 2004.

GADAMER, Hans-Georg. Verdad y método. Salamanca: Sígueme, 1993. v. 1.

GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método. Petrópolis: Vozes. 1997. v. 1.

GARCÍA AMADO, Juan Antonio. Hans Kelsen y la norma fundamental. Madrid: Marcial Pons, 1996.

GARCÍA MÁYNEZ, Eduardo. El problema de la clasificación de las ciências. In: ______. Introducción al estúdio del derecho. 4. ed. Mexico: Porrúa, 1951

HEGEL, Georg Wilíelm Friedrich. Princípios da filosofia do direito. São Paulo: M. Fontes, 2000.

HENKEL, Heirich. Derecho y linguaje. In:_____. Introducción a la filosofia del derecho. 7. ed. Madrid: Taurus, 1968. p. 85-104.

HOLMES, Oliver Wendell. La senda del derecho. Buenos Aires: Abeledo-Perrot, 1975.

JELLINEK Georg. Teoría General del Estado. México: Continental, 1956.

KALINOWSK, Georges I. Querelle de la science normative. Paris: L.G.D.J., 1969.

KANTOROWICZ, Hermann. La lucha por la ciência del derecho. In: _____. La ciencia del derecho. Buenos Aires: Losada, 1942. p. 361-369.

KELSEN Hans. Los juicios de valor en la ciencia del derecho. In: ______. La idea del derecho natural y otros Ensayos. Buenos Aires: Losada, 1946. p. 239-265.

KELSEN Hans. Teoria geral das normas. Porto Alegre: S. A. Fabris, 1986.

KELSEN Hans. Teoria geral do direito e do estado. São Paulo: M. Fontes, 1990. p. 38-40.

KELSEN Hans. Teoría pura del derecho. Buenos Aires: Eudeba, 1960.

KELSEN, Hans. Contribuciones a la teoría pura del derecho. Buenos Aires: Centro Editor de América Latina, 1969. p. 122-123.

KELSEN, Hans. Jurisdição constitucional. São Paulo: M. Fontes, 2003.

KELSEN, Hans. La aparición de la ley de causalidad a partir del principio de retribución. In: ______. La idea del derecho natural y otros ensayos. Buenos Aires: Losada, 1946. p. 53-97.

KELSEN, Hans. La idea del derecho natural y otros ensayos. Buenos Aires: Losada, 1946.

KELSEN, Hans. La teoría pura del derecho y la jurisprudência analítica. In: ______. La idea del derecho natural y otros Ensayos. Buenos Aires: Losada, 1946. p. 202-234. p. 218.

KELSEN, Hans. Teoría general del estado. México: Nacional, 1965.

KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 2. ed. Coimbra: A. Amado, 1962. v. 1.

KELSEN, Hans. Teoria pura do direito. 2. ed. Coimbra: A. Amado, 1962. v. 2.

KUNZ, Josef L. La teoría pura del derecho. México: Universitaria, 1948.

LAKS, André; NESCHKE, Ada (Ed.). La naissance du paradigme herméneutique. Lille: Universitaires de Lille, 1990.

LARENZ, Karl. Metodologia da ciência do direito. 7. ed. Lisboa: Gulbenkian, 2014.

LEGAZ Y LACAMBRA, Luis. Horizontes del pensamento jurídico. Barcelona: Bosch, 1947.

LEGAZ Y LACAMBRA, Luis. Kelsen: estudio crítico de la teoría pura del derecho y del estado de la Escuela de Viena. Barcelona: Bosch, 1933.

LEGAZ Y LACAMBRA, Luis. Kelsen: estudio crítico de la teoría pura del derecho y del estado de la Escuela de Viena. Barcelona: Bosch, 1933.

MACHADO NETO, Antônio Luís .O problema da ciência do direito. Salvador: Livraria Progresso, 1958. p. 13.

MACHADO NETO, Antônio Luís. Fundamentación egológica de la teoria general del derecho. Buenos Aires: Eudeba, 1974.

MACHADO NETO, Antônio Luís. Introdução à ciência do direito. São Paulo: Saraiva,1960.

MACHADO NETO, Antônio Luís. Sociologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1963.

MACHADO NETO, Antônio Luís. Teoria geral do direito. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1966.

MACHADO NETO, Zahidé (Org.). O Direito e a Vida Social. São Paulo: Nacional, 1966.

MACHADO, João B. Nota Preliminar. In: KELSEN, Hans. A Justiça e o direito natural. Coimbra: A. Amado, 1963.

MACHADO, João Baptista. Introdução ao direito e ao discurso legitimador. Coimbra: Almedina, 1989.

MALBERG, R. Carré de. Teoría general del estado. México: UNAM, 2001.

MARCOU, Jean. Justice constitutionnelle et systèmes politiques. Grenoble: Universitaires de Grenoble, 1997.

MONDOLFO, Rodolfo. Problemas e métodos de investigação na história da filosofia. São Paulo: Mestre Jou, [1969].

MORESO, J. J.; VILAJOSANA, J. M. Introducción a la teoría del derecho. Madrid: Marcial Pons, 2004.

MORÓN AROYO, Ciriaco. Creencia y vigência In:______. El sistema de Ortega y Gasset. Madrid: Romania, 1968. p. 275-279.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Disponível em: . Acesso em: 12 fev. 2016.

POPPER, Karl. Que é a dialética. In: _____. Conjecturas e refutações. Brasília: UnB, 1972. p. inicial-final

PROUDHON, Pierre-Joseph. O que é a propriedade? Lisboa: Estampa, 1971. p. 241.

REALE Miguel. Fundamentos do direito. São Paulo: Saraiva, 1998. p. 170.

REALE, Miguel. As ciências da realidade jurídica. In: ______. Filosofia do direito. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 1982. p. 609-614.

REALE, Miguel. Fundamentos da teoria tridimensional do direito. Revista Brasileira de Filosofia, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 455-470, out./nov. 1960.

REALE, Miguel. O direito como experiência. São Paulo: Saraiva, 2002.

REALE, Miguel. Teoria do direito e do estado. São Paulo: M. Fontes, 1959.

REALE, Miguel. Teoria do direito e do estado. São Paulo: Saraiva, 2003.

RICOEUR, Paul. Explicar e compreender. In: ______. Do texto à ação: ensaios de hermenêutica. Porto: Rés, [198?], p. 163-183;

RICOEUR, Paul. Interpretação e/ou argumentação. In: ______. O Justo: ou a essência da justiça. São Paulo: M. Fontes, 2008. v. 1. p. 153-173;

SANTOS, Boaventura de Sousa. Notas sobre a história jurídico-social de Pasárgada. In: _____. O Direito achado na rua. 3. ed. Brasília: UnB, 1990. p.42-47.

SARMENTO, Daniel. Direitos fundamentais e relações privadas. Rio de Janeiro: Lúmen Juris, 2004.

SCHLEIERMACHER, Friedrich Daniel Ernst. Herméneutique. Lille: Presses Universitaires, 1989.

SCHLEIERMACHER, Friedrich Daniel Ernst: Hermenêutica. 9. Ed. Petrópolis: Vozes, 2012..

SCHÖKEL, Luis Alonso; BRAVO, José María. Apuntes de hermenéutica. Madrid: Trotta, 1994..

SICHES, Luis Recaséns. La experiencia jurídica. Dianoia, v. 11, n. 11, p. 18–39, 1965.

SICHES, Luís Recaséns. La obra de Hans Kelsen: su teoría pura del derecho y del Estado; y su relativismo axiológico. In:______. Panorama del pensamiento jurídico em el siglo XX. México: Porrua, 1963. v. 1. p. 137-222.

SILVA, Virgílio Afonso da. A constitucionalização do Direito: os direitos fundamentais nas relações entre particulares. São Paulo: Malheiros, 2008.

SOLER, Sebastin. La interpretación de la Ley. Barcelona: Ariel, 1962.

SOMBRA, Thiago Luís Santos. A eficácia dos direitos fundamentais nas relações jurídico-privadas. Porto Alegre: S. A. Fabris, 2004.

STRAUSS, Leo. Droit Naturel et Histoire. Paris: Flammarion, 1997

TANUGI, Laurent Cohen. Le droit sans l’État. Paris: Quadrige, 1992.

TROPER, Michel. Por una teoria jurídica del estado. Madrid: Dykinso, 2001.

VALE, André Rufino do. Eficácia dos direitos fundamentais nas relações privadas. Porto Alegre: S. A. Fabris, 2004.

VILANOVA, Lourival. Teoria da norma fundamental: comentários à margem de Kelsen. Separata: Anuário do Mestrado em Direito da Faculdade de Direito do Recife, n. 7, jan./dez. 1976.

VIOLA, Oscar Luis. Contra Kelsen: revisión crítica de la teoría pura - purísima - del derecho, de Hans Kelsen. Buenos Aires: Astrea, 1975.

VON KIRCHMANN. Julius Hermann. El carácter a-cientifico de la llamada Ciencia del Derecho. In: ______. La Ciencia del Derecho. Buenos Aires: Losada, 1949. p. 247-286.

ZACCARIA, Giuseppe. Razão jurídica e interpretación. Madrid: Thomson, 2004.




DOI: https://doi.org/10.5102/rdi.v12i2.2791

ISSN 2236-997X (impresso) - ISSN 2237-1036 (on-line)

Desenvolvido por:

Logomarca da Lepidus Tecnologia